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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Têxteis economizam até 20% com uso de enzimas

 
Do jornal Folha de Blumenau, em 18/08/2010

O técnico têxtil Pedro Carlos Gomes (foto à  esq.) esteve na Febratex 2010 a convite da multinacional Novozymes, na última quinta-feira (12), para realizar a palestra “Enzimas na indústria têxtil: maior qualidade, menor custo e um mundo melhor”. Gomes demonstrou como a bioinovação pode impactar positivamente na percepção da marca das empresas têxteis, destacando que uma empresa pode economizar aproximadamente 20% com o uso de enzimas.

Além do conhecimento sobre enzimas na indústria têxtil para tecidos planos e malhas, Gomes deu ênfase aos benefícios da aplicação, como a economia de água, energia, redução de efluentes, menores tempos de processamento e também abordou os ganhos em acabamento dos tecidos, maciez e definição das cores.

Com o uso de enzimas, as empresas podem evitar a emissão de mil quilos de gás carbônico (CO2) na atmosfera por tonelada de malha confeccionada. As economias obtidas por meio do processo podem chegar a 630 bilhões de litros de água por ano (o equivalente para o uso de oito milhões de pessoas na área urbana por ano) e nove milhões de toneladas de CO2 por ano (representando dois milhões de carros na rua) sem custo de implementação. “Isso tudo pode representar para as empresas maior aproveitamento dos equipamentos a um custo final significativamente menor”, destaca.

Gomes diz que a Novozymes presta serviço de orientação dos processos enzimáticos, não com o objetivo de vender ao mercado, mas ajudar as empresas a utilizar as enzimas da melhor forma. “O importante é conscientizar o consumidor para que ele exija que as marcas tenham qualidade e usem enzimas”, ressalta. “As enzimas vêm para engrandecer as marcas com qualidade e tornar as empresas sustentáveis”, acrescenta.

Segundo o técnico têxtil, as empresas de Santa Catarina têm uma visão mais clara sobre sustentabilidade e economia. “Atualmente as pessoas já têm mais consciência de sustentabilidade, embora a enzima ainda esteja distante do consumidor, que não sabe do que se trata”, assinala, destacando que os líderes têxteis do Brasil utilizam enzimas muito aquém do potencial deles.

Enzimas


As enzimas podem ser usadas não só na indústria têxtil, mas na produção de alimentos, sucos, fermentação de cerveja, detergente em pó, papel celulose, vinho, óleos vegetais, margarina, panificação, área farmacêutica, etanol, entre outros.

De acordo com a responsável pelo atendimento ao setor têxtil da Novozymes Latin America, Viviane Pereira de Souza, a inovação das enzimas é do ponto de vista tecnológico porque ela já existe na natureza. “Na nossa saliva tem enzimas, se colocarmos farinha na língua, por exemplo, esta vai transformar o amido em açúcar, pois acelera as reações bioquímicas”, explica, acrescentando que a frase preferida dela é “Onde há vida, há enzima”.

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