Evelyn Moraes e a coordenadora do Bom Aluno, Maria Isabel Dittert.
A engenheira elétrica Evelyn Renata de Moraes, que foi beneficiada pelo programa socioeducacional Bom Aluno, em Curitiba, virou uma patrocinadora e vai contribuir mensalmente com R$ 330 para manter a educação de qualidade de um outro estudante carente. Ela já é a terceira ex-integrante do Bom Aluno a retribuir, dando o retorno esperado pelos criadores do projeto assistencial. Formada pela PUC-PR há três anos, Evelyn já trabalha em uma instituição da área de tecnologia da informação, o CITS (Centro Internacional de Tecnologia de Softwares), que presta serviços, consultoria e educação continuada. Trabalhando como engenheira de desenvolvimento na área de testes de sistemas telefônicos, ela passou os dois primeiros anos como profissional viajando aos Estados Unidos, graças à proficiência na língua inglesa aprendida via Programa Bom Aluno, gratuitamente. Em 2003 o Bom Aluno havia encaminhado Evelyn para um estágio na Disneylândia, depois de custear os estudos dela durante nove anos. Evelyn também recebeu apoio psicopedagógico, aulas de computação e reforço escolar, aprimoramento que seria inalcançável diante dos custos incompatíveis com a renda da família da estudante. Criado em 1993 pelos empresários paranaenses Francisco Simeão e Luiz Bonacin, o Programa Bom Aluno seleciona estudantes carentes de alto desempenho nas escolas públicas e oferece ensino de qualidade, do fundamental até orientação profissional, depois de concluírem o terceiro grau. Confira, abaixo, uma entrevista com Evelyn Moraes.
Você pretende continuar estudando, se aprimorando?
Comecei, porém ainda não terminei, um MBA em Gestão de Projetos de Software. Mas estou pensando em migrar para um mestrado numa área mais técnica. Para a pós eu tive bolsa da PUC, eles fornecem algumas bolsas para os melhores alunos de cada turma e alunos que fizeram monitoria e iniciação científica. No meu caso foi referente à monitoria.
Você viveu nos Estados Unidos por algum tempo. O que isso rendeu para você em termos profissionais e educacionais?
Fiz diversas viagens aos Estados Unidos, a primeira em 2003. Fui com o auxílio do Bom Aluno para o programa de estágio da Disney, melhorei muito a fluência do meu inglês e, em consequência disso, tive a oportunidade de viajar diversas vezes pela empresa que trabalho para validar ambientes de testes, receber treinamento e aperfeiçoar os conhecimentos dos produtos que trabalhamos tudo nas Siemens dos EUA (Chelmsford e Boca Raton).
Por que você resolveu patrocinar o Bom Aluno?
Porque eu acredito que o importante na vida é ser a diferença e fazer a diferença. Eles acreditaram no meu potencial e me ajudaram a ser a diferença em aspectos pessoais e profissionais. Agora eu achei que era hora de fazer a diferença pra mais alguém.
Com quanto você vai contribuir, ou de que forma?
Estou contribuindo com o valor determinado para o auxílio de um aluno (hoje R$330.00) que pago via boleto e espero eventualmente poder ajudar mais e também de outras formas, principalmente incentivando os alunos a seguirem em frente.
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