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terça-feira, 1 de junho de 2010

Especialista diz que IBGE ignora número real de deficientes no Brasil


Steven Dubner faz duras críticas à situação do portador de deficiência no Brasil. FOTO: Agnaldo Teixeira.
O especialista em esportes adaptados para deficientes físicos, Steven Dubner, que tem nacionalidade brasileira, francesa e norteamericana, disse, agora há pouco, que o Brasil está 20 anos atrasado em relação à atual situação dos portadores de deficiência. Segundo ele, embora o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) diga que 15% da população têm algum tipo de problema, na verdade 30 milhões de brasileiros são portadores. "Em média, cada bairro, de cada cidade, tem 10% de sua população com deficiência física", disse Dubner. Neste momento Dubner está fazendo uma palestra no Universo Totvs, em Curitiba, evento da 7ª maior softwarehouse do mundo na área de ERP (Enterprise Resource Planning) que reúne profissionais relacionados à tecnologia da informação. É uma palestra motivacional, intitulada "Sabendo que era impossível, ele foi lá e fez".


Estéfano Andrade, Christiane Moraes, Steven Dubner, Claudinei Benzi e Edemar Kluck; respectivamente Diretor da Totvs Curitiba, diretora da Enfoque Comunicação (assessoria de imprensa da Totvs), palestrante e diretores da Totvs, no Universo Totvs, em Curitiba.

Dubner revela outros dados importantes sobre a situação do portador de necessidades especiais no Brasil. "Nem 1% deles praticam esportes em nosso país", afirmou. O também ex-treinador da Seleção Brasileira Paraolímpica de Basquetebol aponta uma solução para mudar essa realidade: "É preciso investir em educação e aproximar deficientes e não deficientes". O especialista diz ainda que no Brasil não se faz um marketing com os portadores de problemas físicos com a mesma intensidade que se faz com as questões dos direitos da mulher e dos negros, por exemplo. Ele alerta para um outro número discrepante, mas, desta vez, em relação ao que acontece nos Estados Unidos. "Enquanto lá dez mil pessoas se tornam deficientes físicos por ano, aqui são dez mil por mês", afirmou. O volume dá uma idéia da atenção que essas pessoas necessitam. O contexto só não é pior por conta de iniciativas como a da Totvs, uma das empresas que auxilia a Associação Desportiva para Deficientes (ADD). O pagamento pela palestra motivacional de Dubner, por exemplo, foi feito com cadeiras de rodas para crianças da ADD. Steven Dubner afirma que a ajuda à Associação traz muitas vantagens para as empresas interessadas. "A vinculação de qualquer empresa às ações da ADD costumam aumentar as vendas em 20%", disse o especialista.

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